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Dicas e Novidades

 

29-12-2013/12:32:54

Como fazer upgrade das configurações do PC? 

O objetivo do upgrade é trocar componentes-chave do seu PC para que ele fique mais rápido, gastando apenas o essencial. No entanto, a tarefa requer cuidados como determinar quais peças realmente trarão ganho de performance, a compatibilidade das peças atuais com as novas peças e, ainda, a avaliação cuidadosa do custo do upgrade. 

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Upgrade garante o melhor desempenho do computador

 

Quais peças o usuário deve trocar?

Não há uma fórmula pronta para realizar o upgrade, então o usuário deve ficar atento, inicialmente, ao seu perfil de uso para determinar qual peça trocar. Caso o computador seja utilizado, majoritariamente, para acessar a internet, ouvir músicas ou editar documentos, aumentar a quantidade de memória RAM com certeza trará benefícios, caso você tenha menos que 2GB disponíveis em seu sistema.

Se o computador é utilizado principalmente para jogar ou para editar vídeos, um upgrade da placa de vídeo e/ ou do processador fará a diferença. Logo, cabe ao usuário avaliar o seu sistema atual e verificar a compatibilidade de sua placa-mãe, antes de comprar as novas peças.

Outro aspecto importante a ser avaliado é a utilização do seu disco rígido. Caso ele já esteja operando com mais 80% de sua capacidade utilizada, considere comprar um novo para substituir ou complementar a capacidade de armazenamento já existente.

Memória RAM

Caso o usuário tenha determinado realizar o upgrade de RAM, veja dicas sobre como comprar uma memória RAM (Matéria abordada abaixo). Neste artigo é possível conferir todas as dicas para fazer a melhor compra.

Placa de vídeo

upgrade da placa de vídeo deve ser bem planejado e é especialmente indicado para o publico gamer. É necessário verificar quais são as entradas ou slots existentes na placa-mãe para saber qual tipo de placa comprar. A grande maioria das placas de vídeo atuais necessitam de slots PCI Express ou PCI-E.

Há placas de vídeo que podem variar de R$150 até R$3.000, então com certeza há uma que cabe no bolso do usuário. Mas como avaliar se a que cabe no bolso realmente fará diferença? Para isto, o usuário pode consultar o guia Graphics Card Hierarchy Chart” elaborado pelo site Tom’s Hardware. Nele, é verificar a “posição” da sua placa de vídeo, em termos de performance, e verificar quais placas estão em patamares acima. Uma dica importante neste guia é que o upgrade da placa de vídeo apenas será notado caso a placa a ser comprada esteja, pelo menos, duas categorias acima da sua placa de vídeo atual.

Disco rígido

Este é um upgrade mais fácil e, além de aumentar a capacidade de armazenamento de seu computador, também pode acelerar seu desempenho. Atualmente, os discos rígidos SSD (Matéria Abordada Abaixo), oferecem um aumento de velocidade significativo para usuários de aplicações que geralmente demoram para carregar, como jogos e editores de imagem, por exemplo. No entanto, também custam mais.

Caso o usuário opte por adquirir um novo disco rígido tradicional, o usuário deve escolher com base na capacidade de armazenamento necessária. Discos rígidos com 1 TB já são bastante comuns e acessíveis, tornando-se uma escolha fácil para qualquer usuário. Para garantir um desempenho otimizado, o usuário deve adquirir modelos que tenham a velocidade de 7.200 RPM.

Processador

upgrade do processador é indicado para usuários que trabalham com diversos aplicativos simultaneamente ou que realizem edição de vídeos. Gamers também podem se beneficiar deste upgrade,apenas em um nível menor do que o upgrade da placa de vídeo.

Além disso, a troca do processador é uma mudança que requer mais cuidado, pois o requisito de compatibilidade deve ser um dos primeiros a serem analisados. O usuário apenas pode realizar a troca de processadores que sejam compatíveis com o mesmo soquete da placa-mãe atual.

Para eleger a melhor compra, o usuário também deve considerar a quantia a ser gasta e pesquisar os modelos nessa faixa de preço. Após selecionar alguns modelos, a melhor forma de decidir é buscando comparações e análises desses modelos na internet.

Evitando ou reduzindo gargalos no upgrade

O gargalo do sistema é um tema importante e bastante discutido em fóruns especializados em informática. Dado que os componentes do PC funcionam trocando informações entre si a todo momento, se um componente for mais rápido que outro, a performance deste será limitada pelo componente mais lento. Por exemplo, uma nova placa de vídeo pode ser limitada caso você possua um processador muito antigo ou, um SSD não funcionará em toda sua capacidade se o usuário possuir apenas 512 MB de RAM.

A dica para evitar ou reduzir os gargalos no sistema é verificar sua configuração atual e identificar as peças mais antigas. Essas peças devem ser levadas em consideração no upgrade, da mesma forma que o padrão de utilização do usuário. É praticamente impossível eliminar gargalos de sistemas antigos, mas com as dicas acima o usuário pode determinar e priorizar as peças a serem trocadas, evitando gastos desnecessários.

 

 


29-12-2013//14:33:46 

SSD: Chegando ao SATAe

Já sabemos que SSD, de Solid State Discs, embora tecnicamente não sejam discos, são dispositivos de armazenamento de massa, ou memória externa, que cumprem exatamente o mesmo papel dos velhos discos rígidos magnéticos, porém permitem que os dados neles contidos sejam acessados muito mais rapidamente porque são armazenados diretamente em circuitos de memória não volátil, tipo “flash”, como as usadas nos conhecidos “pen drives”, muito mais fáceis de serem lidos/escritos que as superfícies magnéticas dos discos rígidos.

Sabemos também que, por se tratar de uma memória do tipo “externa” - ou seja, situada fora da placa-mãe - para que os dados armazenados no SSD cheguem à UCP onde são processados, devem ser transportados até lá. E este transporte é feito por meio de um conjunto de condutores elétricos e seus circuitos de controle denominado “barramento”.

Nesta (longa) caminhada em busca do conhecimento sobre SSDs, descobrimos que há barramentos e barramentos, uns mais largos outros mais estreitos, uns onde os bits viajam simultaneamente em linhas paralelas (barramento paralelo) outros em que esta viagem é feita sequencialmente, com os bits se movendo em fila indiana (barramento serial). E que uns são mais rápidos que outros (ou seja, transportam maior quantidade de dados no mesmo intervalo de tempo).

Sabemos ainda, pois não é difícil chegar à esta conclusão, que para que se possa tirar proveito das vantagens dos SSDs no que toca à rapidez de acesso de seus dados, é indispensável que ele esteja conectado à UCP por meio de um barramento igualmente rápido, do contrário ficaríamos na posição do bombeiro que tem um enorme reservatório de água para apagar um incêndio mas não consegue fazê-lo porque em vez de uma mangueira de bombeiro só dispõe de uma de regar jardim para tirar a água do reservatório (não acredito que entre meus preclaros leitores haja algum que não entendeu a metáfora, mas seja lá como for: na analogia o reservatório – de dados – corresponde ao SSD que permite remover seu conteúdo rapidamente o que no caso não é possível porque a mangueira usada para remover seu conteúdo – barramento – só deixa passar um fluxo reduzido. Em resumo: para que se possa usufruir de todas as vantagens de um SSD é preciso que ele esteja conectado à UCP através de um barramento rápido.

Assim, depois de examinar ainda que superficialmente as características principais de cada barramento como tipo e protocolo usado para a troca de dados, e levando em conta o desenvolvimento tecnológico, concluímos que os modernos campeões de velocidade são os barramentos seriais. E no que toca à conexão com dispositivos externos, se destacam particularmente os barramentos SATA e PCIe. Sendo que este último pode absorver um fluxo de dados bem maior que o anterior.

O que faria dele a escolha óbvia não fosse por uma razão: os barramentos SATA foram concebidos especificamente para dispositivos de memória externa (no caso, na época em que foram criados, discos magnéticos de alto desempenho) e, portanto, já dispõem dos protocolos e demais características adequados a esta tarefa, o que não ocorre com o PCIe. Para aproveitar o maior fluxo de dados do PCIe são necessárias algumas adaptações tanto no protocolo (para permitir que a comunicação seja eficaz) quanto nos conectores (para permitir que a interligação elétrica entre dispositivo e barramento seja feita de forma correta).

E vimos que estas adaptações geraram dois tipos de SSD capazes de se conectar ao barramento PCIe: o SATAe e o NVMe, que se juntaram ao SATA padrão, ainda o mais utilizado.

Prosseguimos nossa caminhada discutindo as características do padrão NVMe (acrônimo de “Non-Volatile Memory express”), desenvolvido especificamente para permitir a conexão direta de SSDs ao barramento PCIe sem qualquer concessão ao padrão SATA. Ele exigiu o desenvolvimento de uma nova controladora de SSDs, a NMVHCI (“Non-Volatile Memory Host Controller Interface”), que adere ao protocolo PCie e usa os mesmos conectores padrão PCIe para interligar os SSD NVMe à UCP, inclusive permitindo a conexão direta de SSDs aos conectores (“slots”) PCIe da placa-mãe. O que acabou permitindo fabricar SSDs que em nada se parecem com “discos” já que são constituídos meramente de um circuito impresso que contém os circuitos integrados de memória e da controladora, terminado por um conjunto de contatos elétricos que podem ser encaixados diretamente nos conectores padrão PCIe de uma placa-mãe. Este novo formato (ou “fator de forma”) foi denominado M2 (e é também conhecido pelo acrônimo NGFF, de “New Generation Form Factor”, a forma pela qual os técnicos a ele se referiam quando ainda estava em desenvolvimento).

O fator de forma M2, já foi padronizado e apresenta dimensões que podem ser surpreendentemente pequenas (30mm x 30mm) sendo, portanto, ideal para os dispositivos de memória externa dos novos portáteis finíssimos, como os Ultrabooks, ou pelos ainda mais finos tabletes.

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Conector SATAe 

Pronto, finalmente chegamos novamente ao ponto onde paramos na coluna anterior. A hora de discutir os SSD SATAe.

SATAe, ou SATA express, nada mais é que um adendo à especificação do padrão SATA 3 – e por isto foi denominada SATA 3.2 – que permite conectar a um barramento PCIe um SSD em tudo semelhante ao SSD SATA.

Ora, para que isto seja possível, não apenas foi necessário alterar alguns pontos do protocolo de comunicação (já que, como sabemos, os protocolos dos barramentos SATA e PCIe são diferentes) como também desenvolver um novo conector (pelas mesmas razões). Mas, no processo de desenvolvimento, alguém teve uma ideia particularmente inteligente: desenvolver um padrão de conector elétrico que permita, além da conexão de um dispositivo SSD ao barramento PCIe, também conectar através dele um “disco” SSD ou magnético ao velho barramento SATA.

Para que? Ora, para permitir que um sistema ao qual está conectado um dispositivo de armazenamento padrão SATA convencional (magnético ou de memória) possa substitui-lo por um SSD SATAe sem necessidade de trocar a placa-mãe, simplesmente encaixando-o no mesmo conector.

É este conector que é exibido na Figura 1 e por ele começaremos a examinar o padrão SATAe.

 


 

SSD: o que são?

Pois bem, deixe-me então começar explicando por que o termo “discos”, no parágrafo anterior, foi grafado entre aspas. Segundo o dicionário Houaiss as aspas são usadas como sinal gráfico, entre outros casos, para indicar um sentido figurado. No nosso caso se aplica porque, de discos, os SSD nada têm. O nome (inclusive em inglês: SSD é o acrônimo de “Solid State Disk”) foi adotado porque o dispositivo cumpre exatamente as mesmas funções dos discos magnéticos – estes, sim, constituídos de um ou mais discos revestidos por um material magnetizável que giram no interior de uma caixa metálica fechada. E cumpre tais funções de forma tão exata que se pode simplesmente substituir um pelo outro sem qualquer alteração no hardware ou na configuração da máquina ou do sistema. Veja, na Figura, o mesmo SSD, com e sem de sua caixa plástica. Como se pode notar, em seu interior não há discos, motores ou quaisquer peças móveis.
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SSD aberto e fechado
Figura 1: SSD aberto e fechado 

SSD são, portanto, dispositivos de armazenamento de massa, ou seja, são capazes de armazenar grande quantidade de dados. E, neste caso considere que o número de bytes abrangidos pela a expressão “grande quantidade” varia enormemente conforme o contexto; os primeiros discos magnéticos podiam conter poucas dezenas de MB enquanto os mais novos podem armazenar alguns TB, ou seja, alguns milhões de MB. Já os primeiros SSD tinham capacidade em torno de 32 GB, como o da Figura 1, enquanto recentemente foi lançado o primeiro exemplar de 1 TB.

No que toca à sua classificação como “memória”, da mesma forma que os discos rígidos magnéticos, SSD podem ser classificados como memória secundária ou externa, aquela situada fora da placa-mãe, cujos dados são acessados através de um barramento.

A diferença básica entre os SSD e os discos magnéticos é que, enquanto nos últimos usa-se pontos magnetizados da superfície de um disco para armazenar dados digitalizados (ou seja, dados codificados numericamente e expressos no sistema numérico de base 2, ou sistema binário), os SSD armazenam os mesmos dados em células de memória “flash”, essencialmente o mesmo tipo de memória de semicondutores usado nos “pen-drives”, estes pequenos dispositivos portáteis que se tornaram tão populares na última década. E como o acesso à memória é centenas – quando não milhares – de vezes mais rápido que o acesso a superfícies magnéticas, os SSD são extraordinariamente mais rápidos que os discos magnéticos. E podem ser bem menores. Veja, na Figura 2, um pequeno disco SSD apoiado sobre um disco magnético comum, de 3,5”, desses usados em nossos computadores de mesa.

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Figura 2: HD e SSD 

Uma descrição detalhada de como funcionam os SSD não caberia aqui, mesmo porque seria redundante: há alguns anos, pouco depois deles terem sido lançados, escrevi alhures uma pequena série de quatro colunas exatamente com este objetivo. 

Essencialmente um SSD é um dispositivo de armazenamento de massa que usa circuitos integrados de memória não volátil e não permanente (memória flash) para armazenar dados de forma persistente. Em seu interior não há peças móveis, apenas circuitos eletrônicos. Em virtude disto são absolutamente silenciosos, mais resistentes a choques e muito mais rápidos que discos magnéticos. Sua conexão ao computador usa a mesma interface e conectores dos discos magnéticos (geralmente padrão SATA, embora tenham sido fabricados alguns modelos aderentes ao padrão IDE) portanto podem substituir um disco magnético sem exigir qualquer alteração no hardware ou software (hoje os protocolos de comunicação e interfaces estão sendo alterados para levar em conta a existência dos SSD e tirar máximo proveito de suas vantagens sem, no entanto, perder a compatibilidade com os discos magnéticos; estas alterações serão discutidas adiante).

Os primeiros SSD, se comparados aos discos magnéticos, a par de suas imensas vantagens apresentavam três desvantagens sérias: custo muito superior (de cinco a oito vezes maior), menor capacidade (há dois ou três anos os de maior capacidade armazenavam 128 GB) e um problema inerente às memórias tipo flash: vida útil limitada pelo número de vezes que se gravam dados na memória.

Este último ponto merece uma explicação mais detalhada. A memória secundária deve ser do tipo não volátil (preserva dos dados nela armazenados mesmo quando não alimentada por energia elétrica) e não permanente (permite alterar os valores armazenados sobrescrevendo os anteriormente gravados nas diversas células de memória). Para um disco magnético isto não representa problema: como os dados são armazenados através de pontos magnetizados nas superfícies dos discos, eles podem aí permanecer indefinidamente com ou sem alimentação elétrica e, para alterá-los, basta aplicar novamente um campo magnético sobre cada ponto. Já memórias flash são diferentes. Sendo memórias de semicondutores, para que não seja alterado o estado da célula ao longo do tempo (ou seja, para não “perder” o dado nela armazenado) é preciso manter sempre uma tensão elétrica aplicada. Por outro lado, para ser não volátil, a memória deve manter os dados mesmo quando não alimentada por energia elétrica. Estas duas características aparentemente irreconciliáveis foram engenhosamente combinadas na memória flash mediante o uso de um componente interno adicional, o “float gate”, que preserva a carga elétrica aplicada à célula de memória mesmo quando o circuito externo não é alimentado.

Funciona perfeitamente, como sabem todos os que usam “pen-drives” para carregar dados de um lado para outro. Mas tem um inconveniente: cada vez que uma nova tensão elétrica é aplicada sobre ele, o “float gate” perde um pouquinho, só um pouquinho, de sua capacidade de manter a carga. Resultado: com o passar do tempo e depois de alguns bilhões de vezes que teve seu estado alterado, ele acaba se tornando totalmente incapaz de manter a carga e a célula não mais consegue manter o dado nela armazenado quando se corta a alimentação elétrica. Por isto a memória flash tem sua vida útil limitada. Como isto só acontece quando novas cargas são sucessivamente aplicadas sobre a célula, a vida útil depende do número de vezes que o valor da célula é alterado, ou seja, um novo valor é nela escrito. Já no que toca à operação de leitura, como ela independe da aplicação de tensão para forçar a mudança de estado da célula, pode ser feita um número ilimitado de vezes.

Se tudo isto lhe pareceu complicado, esqueça. Lembre-se apenas do essencial: uma célula de memória flash tem um tempo de vida limitado e este limite depende do número de vezes em que novos dados são nela gravados. Já como pode-se ler os dados quantas vezes se queira sem causar qualquer prejuízo, a operação de leitura não afeta a vida útil.

Logo, a vida útil da memória flash depende da frequência com que novos dados são gravados (adiante veremos como a evolução tecnológica tem tentado contornar este problema).

Até aqui somente nos preocupamos com a forma pela qual os dados são armazenados nos SSD. Mas de nada adianta armazenar dados em uma memória externa se não pudermos transportá-los até a memória primária, ou RAM, quando deles lá necessitamos. Por isto todo SSD tem, em seus circuitos eletrônicos, um microprocessador que coordena a entrada e saída (escrita e leitura) dos dados na unidade, além de executar outras importantes funções como correção de erros, mapeamento de setores defeituosos, controle do “cache” de dados e coisas que tais. Esse componente é de grande importância no que toca ao desempenho dos SSD e voltaremos a abordá-lo adiante.

O transporte de dados entre memórias primária e secundária é feito através de um barramento (conjunto de condutores elétricos e seus dispositivos de controle que interligam os componentes internos e externos de um computador) obedecendo a um protocolo (conjunto de regras que regulam o tráfego de dados no barramento).

Até recentemente o barramento usado para conectar a memória externa com a placa-mãe (onde se aloja a memória RAM) não tinha muita importância, posto que o fluxo de dados através dos barramentos usuais (especialmente o SATA, até recentemente o mais usado pelos SSD e relativamente rápido) era muito maior do que a rapidez com que os dados que nele transitavam podiam ser fornecidos ou recebidos pelos discos magnéticos. Mas com a disseminação dos SSD as coisas mudaram. A rapidez com que podem ser lidos é tanta – e, portanto, o tempo que leva entre uma requisição de leitura e o momento em que os dados estão prontos para serem transferidos, ou tempo de acesso, é tão pequeno – que no caso dos modernos SSD o barramento acabou se transformando em um gargalo.

Isto fez com que se procurasse um barramento mais rápido e se adaptasse a ele o protocolo de transferência de dados.

O barramento mais rápido atualmente disponível é o PCIe, ou PCI Express. Que foi o escolhido para conectar os SSD de grande desempenho. Mas como não se pode conectar a um barramento PCIe um dispositivo que usa o protocolo SATA, foi necessário alterar este protocolo. O que resultou na criação do SATA Express, ou SATAe.

 

 


 

26-11-2013  01:21:23

Verdades e mitos: deixar o estabilizador sempre ligado pode causar problemas? 

O estabilizador é considerado por muitos um componente indispensável para computadores. Por conta disso, diversos usuários deixam o equipamento ligado com o objetivo de manter a segurança oferecida pelo equipamento ou simplesmente por não julgar isso necessário. No entanto, deixar o estabilizador sempre ativo pode causar problemas ao computador? O TechTudo analisou essa questão.
PC com problemas (Foto: Pond5)Deixar o estabilizador ligado pode causar problemas elétricos ou "fritar" o seu computador? 

- O estabilizador pode ficar sempre ligado?

Não há restrição ou recomendação dos fabricantes sobre deixar o equipamento sempre ligado. No entanto, é preciso considerar que o consumo de energia da sua casa tende a ficar maior e, consequentemente, a sua conta de luz ficar mais cara. Afinal, qualquer dispositivo eletrônico em constante atividade precisa de uma fonte para permanecer funcionando.

Outro fator que o usuário deve levar em consideração é que o estabilizador dissipa calor durante sua operação e, em alguns casos, a temperatura de operação pode chegar a 40 graus. Ou seja, o ambiente e os dispositivos próximos podem ficar mais quentes. Além disso, o desgaste constante das peças do estabilizador fará com que a vida útil dele seja diminuída.

 

- O estabilizador ligado pode causar danos ao computador desligado?

Infelizmente, comprar um estabilizador não significa que seu computador está livre de danos, já que este tipo de equipamento elétrico possui diferentes capacidades. Caso haja uma descarga elétrica seja superior a este limite, como um raio, por exemplo, o equipamento pode ser danificado e seu PC também, mesmo que a máquina esteja desligada.

Para minimizar este risco, é recomendável desligar o estabilizador e mantê-lo fora da tomada durante chuvas fortes com presença de raios e trovões. Uma descarga elétrica no computador pode queimar qualquer componente dele, causando problemas que vão desde a necessidade de trocar peças específicas ou até a perda de todos os seus dados.

 

- O estabilizador é realmente útil para o PC?

Estabilizadores são realmente necessários para os computadores? (Foto: Divulgação/SMS)Estabilizadores são realmente necessários para os computadores? 
 

  Há usuários que desencorajam a utilização de estabilizadores para proteger PCs, sob o argumento de que as fontes de boa qualidade realizam o mesmo trabalho e de maneira mais eficiente. Na teoria, esses equipamentos podem reduzir a vida útil da fonte do computador, pois fazem com que a ela tenha que controlar mais variações de corrente do que se estivesse ligada diretamente à tomada. 

Apesar do mérito desse argumento, recomendamos que um técnico em informática seja consultado antes de tomar a decisão de não utilizar um estabilizador. A não ser que você mesmo seja um especialista e possua as ferramentas necessárias, não é possível aferir se sua fonte oferece toda a proteção necessária contra a instabilidade da corrente elétrica em sua residência. 

 


  

Como comprar uma memória RAM para o computador? O que levar em consideração?

Se o seu computador estiver lento ao utilizar mais de um programa simultaneamente, talvez seja hora de considerar um upgrade da memória RAM. Esses componentes são necessários para executar qualquer operação no computador, desde digitar textos e navegar na internet até jogar e editar vídeos. No entanto, é preciso ficar atento a alguns detalhes para não comprar as peças erradas e ter prejuízo. Para te ajudar, o TechTudo reuniu dicas sobre o que levar em consideração ao comprar uma memória RAM para o seu computador.
Memória RAM (Foto: Pond5)Memória RAM pode deixar o seu computador mas rápido, mas é preciso ter atenção ao comprar

 

Quanta memória RAM o seu computador precisa?

Antes de decidir qual memória comprar, é preciso analisar a demanda gerada pelo seu perfil de usuário. Se o seu objetivo é, majoritariamente, navegar na internet, ouvir músicas, assistir vídeos e realizar trabalhos escolares ou do escritório, é recomendado um mínimo de 2GB de RAM para garantir a fluidez do sistema.

Usuários que buscam editar vídeos de maneira casual ou jogar games mais recentes no nível médio de resolução, devem possuir, no mínimo, 4GB de RAM. Já se o seu objetivo é utilizar ferramentas profissionais de edição de vídeo e jogar em máxima resolução, considere obter 8GB ou até 16GB de RAM para estas atividades. Por exemplo, o novo Call of Duty: Ghosts já recomenda um sistema com no mínimo 6GB de RAM para ser desfrutado de maneira aceitável.

Apenas a quantidade importa?

Os atributos dos módulos de memória RAM também influenciam bastante no desempenho do sistema e impactam diretamente no preço. Logo, antes de decidir a compra somente pelo preço e quantidade, vale a pena dar uma olhada e comparar os seguintes atributos que geralmente são apresentados no próprio módulo de memória ou no site da fabricante.

 

Na guia Na guia "SPD", verifique a memória suportada e os slots disponíveis

Latência: é o tempo de resposta da memória, medido em milissegundos (ms). Quanto menor este número, melhor.

Taxa de dados: é a velocidade de operação da memória, medida em quantidade de transferências por segundo (MT/s). Por exemplo, módulos DDR2 podem chegar até 1066 MT/s e módulos DDR3 podem chegar até 1600 MT/s. Quanto maior este número, melhor.

 

Compatibilidade com a placa-mãe

Após verificar a quantidade de RAM necessária para a sua máquina, é importante saber com qual tipo de memória a placa-mãe do seu computador é compatível. Os padrões mais utilizados atualmente são o DDR2 e sua evolução, o DDR3, suportado na maioria das placas-mãe lançadas desde o último ano.

Outro dado importante é quantidade de entradas ou slotsestão disponíveis para os pentes de memória. Essa medida é importante para que você não compre quantidade acima do que a sua placa-mãe suporta e também avaliar se deve trocar os módulos de memória existentes ou apenas adicionar novos módulos. Para confirmar a compatibilidade da sua placa-mãe e verificar as entradas disponíveis, faça o download do CPU-Z.

 

Na guia Na guia "SPD", verifique a memória suportada e os slots disponíveis

É importante destacar também que os módulos podem trabalhar individualmente ou em paridade, ou seja, você pode comprar um módulo de 4GB ou dois módulos de 2GB. No entanto, a maioria das placas-mãe possui uma tecnologia chamada dual channel que faz com que o sistema tenha mais benefícios se trabalhar em paridade. O aplicativo CPU-Z também informa se sua placa possui essa tecnologia.

Processador de 32 ou de 64 bits?

Identifique na guia Identifique na guia "CPU" se o seu processar é de 32 ou de 64 bits
 

 O processador de seu computador também deve ser levado em consideração antes da troca da memória. Caso ele seja de 32 bits, utilizará um máximo de 3GB de RAM, ou seja, de nada adiantará ter 8GB de RAM instalados, pois o sistema não utilizará toda a memória disponível. Para instalar quantidade superiores de RAM, tenha certeza de que seu processador é de 64 bits, o que também pode ser verificado no aplicativo CPU-Z.